sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Velho continente


Velho continente


Fizeste de cama o vôo do outono
Enquanto as folhas sem humores buscavam o chão
Assim entregaste a mim
Os aromas renascidos os sabores perpétuos
Que meus ávidos olhos devoraram Europa.
Tuas florestas órfãs de verde e pássaros
Saudaram os passantes
Abriram os céus com o leme dos galhos eriçados;
Cada lágrima derramada lenta
Tinha a cor e o teu nome inscrito
Aberto como uma flor vermelha na brisa.
Algo imensamente maior que tristeza
Teus segredos trouxeram: lembrança cativa
                                                            Nos lábios
Saudades que sulcaram a terra
Cicatrizes na alma da estrada adormecida.

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